A caçada começou, de fato, sem muito alarde. As armadilhas ficaram escondidas junto aos pés dos buritis, à espera dos preás com sede. Osvaldo ia à frente, como de hábito, empunhando uma carabina de pressão .22, que seu pai comprou na última vez que fora a Campina Grande. Os outros seguiam essa liderança de Osvaldo, atentos ao movimento nos galhos e nas tocas junto às ribanceiras. Até Tibério estava nessa hora quieto, esperando o primeiro tiro para disparar por entre os mandacarus e catar o bicho morto. Os insetos estavam também eles apaziguados, após a correria cricrilante da noite úmida. Passo a passo, os garotos aumentavam a expectativa de que um tiro súbito, de quem quer que fosse, abrisse as portas para uma rajada de tiros anárquicos, desejosos de morte.